Uso de inteligências artificias pode ajudar na detecção e tratamento de AVCs

Jornal da USP

O GOLM é uma iniciativa da USP, Fapesp e IBM, a qual pretende desenvolver inteligências artificiais para identificar e tratar os acidentes vasculares cerebrais

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O acidente vascular cerebral, o AVC, é a segunda principal causa de mortes no Brasil, podendo gerar sequelas e incapacidade nas vítimas de doenças que sobrevivem a um derrame. Durante o primeiro semestre de 2021, cerca de cinquenta mil pessoas morreram em decorrência de um AVC. Quando o paciente chega ao serviço de saúde, o tempo se torna crucial para identificar e tratar da condição e aumentar a chance de sua sobrevivência.

A utilização de inteligências artificiais no processo de identificação, no tratamento e no melhor aproveitamento dos recursos disponíveis pode mudar esse cenário. O Centro de Inteligência Artificial, uma parceria da USP, Fapesp e IBM, é uma das iniciativas que pretendem utilizar inteligências artificiais para auxiliar no diagnóstico e tratamento de AVCs. O centro possui a pesquisa chamada de GOML, que objetiva utilizar o aprendizado de máquinas na orientação a grafos com dados multimodais para o diagnóstico, tratamento e reabilitação de AVCs, como explica Krieger, um dos coordenadores do projeto. 

“O que nós estamos procurando fazer é ensinar, criar um algoritmo que vai ensinar a inteligência artificial a detectar algo na tomografia que seja semelhante àquilo que foi identificado quando eu olho em uma ressonância magnética”, explica José Eduardo Krieger, professor do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da USP , pesquisador do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas e um dos líderes do projeto. 

Para Zhao Liang, professor titular do Departamento de Computação e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP e também um dos líderes do projeto, este é parte dos estudos mais recentes de desenvolvimento de inteligência artificial na área de medicina, os quais procuram facilitar e auxiliar, por exemplo, o trabalho dos médicos e funções que envolvem alto grau de inteligência humana.

Fonte: Jornal da USP

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