Estudo analisa o vírus Chikungunya no Brasil

denguePesquisadores do Instituto Evandro Chagas, de Belém, ligado ao Ministério da Saúde, e da Universidade de Oxford, na Inglaterra, identificaram de onde vieram as duas variedades do vírus responsável pela doença que circula no país e também as regiões pelas quais elas entraram em território nacional.

De acordo com o artigo científico Emergence and potential for spread of Chikungunya virus in Brazil publicado na BMC Medicina, v.13, n.102 de maio de 2015, as cepas do vírus descendem de uma linhagem da Ásia e outra da África Central, Oriental e do Sul (ECSA, na sigla em inglês), e que elas teriam entrado no Brasil pelo Oiapoque, no Amapá, e por Feira de Santana, na Bahia.

De acordo com o biomédico Marcio Teixeira Nunes, do Centro de Inovações Tecnológicas do Instituto Evandro Chagas e um dos autores do estudo, o vírus alastrou-se pelas Américas muito mais rápido que o vírus da dengue, que levou cerca de uma década para tomar a região, incluindo o Brasil. “No caso do vírus chikungunya, essa disseminação se deu em pouco mais de um ano”, diz.

A febre chikungunya é uma doença viral transmitida aos seres humanos por mosquitos, como o Aedes aegypti e A. albopictus, os mesmos que transmitem a dengue. Ao todo, 5.172 dos 5.494 municípios brasileiros registraram a presença dos mosquitos transmissores, de modo que os resultados das análises sugerem que a transmissão do vírus possa se dar em 94% dos municípios brasileiros.

Até 7 de março, o Ministério da Saúde registrou 1.049 casos autóctones de febre chikungunya, principalmente na Bahia e no Amapá. A febre chikungunya provoca sintomas semelhantes aos da dengue, mas as dores articulares fortes surgem quase imediatamente, sobretudo nas mãos e nos pés. Essas dores podem continuar por semanas ou meses.

Fonte: FAPESP

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